sábado, 29 de agosto de 2009

Fazia tempo que não escrevia...
Mas, eu tava sem ter o que escrever, ou na verdade, sem ter vontade...
Sempre há o que escrever, pois sempre estamos experenciando sensações novas e, situações novas, acontecem o tempo todo!
Até porque nenhum dia é igual ao outro!
Peguemos por exemplo um surfista, que vai a praia todo dia as seis da manhã.
Cada nascer do sol é único, cada onde que ele consegue "pegar", é uma experiência nova, de contato com a natureza e com seu eu natural, digamos assim... Os raios de sol, que tocam minha pele as dez da manhã, não são os mesmos raios de sol que me tocam as três da tarde, mas o calor de certa forma é o mesmo, é a mesma origem calórica...
Eu sou a mesma Renata que nasceu há trinta anos atrás e, ao mesmo já não sou mais. Sei andar, falar, pular, correr, apesar de não fazer essas duas últimas ações com frequência...
não sei porque estou escrevendo essas coisas...
Talvez seja a saudade da minha amiga MC, que está no Sul.
Talvez seja saudade das aulas da Dirce e do Luis ...
Saudade de filosofar sobre a vida, filosofar sobre o tempo, o espaço...
Filosofar enfim.
Fazer parte de algo que transcende o intelecto, que perpassa a lógica...
Quero voltar a ter contato com o que permeia o logos, o conhecimento além do que é perceptível.
Quero falar dos universos, paralelos, perpendiculares, das espirais do tempo...
Quero me sentir de volta ao universo das grandes mentes...
Saudade da MC, porque ela era e, ainda é, (mesmo que distante) meu acervo, meu banco de dados, além de minha guru e, confidente.
Ela me fazia sentir bem, e bem inteligente.
Ela me inspirava a buscar meu potencial, ...
Eu quero atingir e ultrapassar meu potencial, contudo, sei que ainda há lá no fundo da minha alma o velho medo, a constante inseguraça de tornar-me arrogante e insesível, egoista, fria, quase desumana...
Sinto isso, porque conhe,o muitas pessoas que admiro, que são de fato extremamente inteligentes, cultas, entretanto, por serem ultra racionais e cognitivamente "evoluidas", que tendem a se comportar de forma bastante pré- potente...
E, isso me apavora!
Odeio muitas das vezes, que me falam o quanto sou inteligente e capaz, como se fosse minha obrigação ser bem mais ou atingir bem mais do que sou e estou conseguindo atingir.
Faz algum sentindo o que digo e o que sinto?
Soa ingênuo ou infantil?
Enfim, me sinto assim.

Um comentário:

Rafael Aleixo disse...

Acho impossível vc se tornar insensível e fria, vc é extremamente voltada p os outros até demais... conhecimento nunca é de menos.